"Eu não acredito em reformas, quando se está em democracia [pausa]. Quando não se está em democracia é outra conversa, eu digo como é que é e faz-se [pausa]. E até não sei se a certa altura não é bom haver seis meses sem democracia, mete-se tudo na ordem e depois então venha a democracia", afirmou Manuela Ferreira Leite, perante alguns sorrisos (poucos) dos presentes na sala do hotel. "Agora, em democracia efectivamente não se pode hostilizar uma classe profissional para de seguida ter a opinião pública contra essa classe profissional e então depois entrar a reformar", continuou a líder do PSD.
Perante estas palavras, os jornalistas presentes na sala ficaram atónitos e procuraram uma reacção da presidente social-democrata, que se recusou a comentar o assunto à saída.
Mas o discurso teve outros pontos fortes para além deste. A dada altura, Manuela Ferreira Leite revelou também algumas ideias neo-liberais a respeito da situação económica: "O que falhou nesta crise financeira foi um sistema de supervisão e controle que manifestamente não funcionou. Não foi a existência de mercado, nem de liberalismos". Neste ponto, a líder do PSD criticou o intervencionismo de certos governos, incluindo o português, e adiantou que isso conduz a uma fase "socializante". A presidente do PSD defendeu ainda uma forma de incentivar o empreendorismo: "Era necessário eliminar os custos do encerramento. Uma empresa que quer encerrar, encerra sem quaisquer custos adicionais".acção da presidente social-democrata, que se recusou a comentar o assunto à saída.
(de 17 Novembro 2008) (DN: 18 nov.)
Mafalda
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
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2 comentários:
Pois é, como eu já disse, está tudo louco.
Já há não pudor, nem vergonha, nem sentido de estado, nem estrelas no céu (desculpa, entusiasmei-me, isto é do Carlos Veloso e Rui T).
Brincadeiras à parte, infelizmente isto é o sinal dos tempos ...
MB
Mas porque é que vocês insistem em levar a mulher a sério?
jst
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