O Juramento do Árabe JST

Piggy, flatulenta, pastora de camelas,
viu de noite, ao fulgor das rútilas estrelas,
MBil, chefe minaz de bárbara pujança,
matar-lhe um animal. Piggy jurou vingança!

Corre, célere, flata e voa, entra na tenda
e conta a um hóspede a grave e inulta afronta.
"Piggy!" - disse, tranquilo, o hóspede gentil
"Vingar-te-ei com meu braço: Eu matarei MBil".

Disse e cumpriu.
E foi esta a causa verdadeira
da guerra pertinaz, horrível, carniceira,
que as tribos dividiu.

Na luta fratricida, MBil, amigo de JST, perdera o alento e a vida.
JST, que lanças mil aos rudes prélios leva,
e que em sangue inimigo, irado, os ódios ceva,
incansável procura o vil matador de seu amigo, o tredo MIGuil.

Uma noite, na tenda, a um prisioneiro recém-colhido em campo,
o indómito guerreiro falou, severo, assim:
"Escravo, atende e escuta: Aponta-me a região, o monte, o plaino, a gruta,
onde se acoita o traidor MIGuil; dize a verdade e será tua a liberdade!"

O homem perguntou: - "É por Alá que o juras?"
"Juro!" – o chefe JST tornou.
"Sou o homem que procuras! MIGuil é o meu nome.
Fui eu que despedacei a lança do teu amigo e aos pés o subjuguei!"

E, intrépido, fitava o atónito inimigo.
JST volveu:
"És livre!
Que Alá seja contigo!"


Nota: Desconheçe-se o autor desta magnífica epopeia, que aqui aparece em versão extraordinariamente melhorada.
jst