Marinho Pinto

O bastonário da Ordem dos Advogados considera que o «mundo está a ficar perigoso» num comentário ao processo disciplinar instaurado ao presidente do Eurojust, Lopes da Mota, sobre as alegadas pressões aos dois procuradores responsáveis relativas “caso Freeport”.

A TSF registou a opinião do bastonário da Ordem dos Advogados. Marinho Pinto considera que o mundo está perigoso quando uma conversa particular se torna um caso público.
«O mundo está a ficar perigoso, uma vez que até os colegas não podem ter certo tipo de conversas, porque vêm logo para o público e resultam em pedidos de audiência ao Presidente da República», adianta.
Marinho Pinto diz ainda que é preciso esperar pelas conclusões ao processo disciplinar, antes de fazer qualquer juízo.
«Acho estranho a existência de pressões entre colegas. Não há uma relação de hierarquia, não sei que tipo de pressões houve, o senhor procurador Vítor Santos Silva concluiu pela existência de indícios, vamos ver o que o processo disciplinar diz», acrescenta.
Apesar destes argumentos, Marinho Pinto admite que, nas actuais circunstâncias, Lopes da Mota não tenha condições para permanecer no cargo.
Marinho Pinto disse ainda que : "Os Senhores Magistrados, em vez de andar a fazer permanentemente espectáculo público, espectáculo mediático, em vez de andarem na intriga jornalística e na intriga política, cumprissem com mais zelo os seus deveres funcionais de garante da legalidade democrática" (sic)

Mafalda