sábado, 13 de dezembro de 2008

EDUCAÇÃO - 1

O que vou transcrever é parte de uma conferência pronunciada por alguém e em determinada altura. Direi quando e quem após os comentários que os meus dignissimos amigos fizerem ou noutra entrada minha.

"Grande obra é moldar uma alma! Extraordinária obra é formar um carácter, um indivíduo -um corpo, uma inteligência e uma vontade-, como os precisa para ser grande este pobre País de Portugal!
Pobre e bem pobre! Ouve-se aí dizer a cada passo, nas ruas, nas associações, nas praças públicas, nos artigos dos jornais oposicionistas, porque para os outros isto vai sempre em mar de rosas, que Portugal está decadente, que nós caminhamos para o aniquilamento da nossa nacionalidade.
Tudo fala em desgraças. Vêem-se Jeremias demais por esse país chorando com saudades do antigo templo: nas notai, meus senhores, que esses Jeremias choram sentados: Chora-se de mais e trabalha-se de menos ...
Uns atribuem a nossa decadência às crises políticas, outros ao avanço da ideia republicana, outros aos deputados, outros aos ministros, outros às influências árabes, para não irem mais longe buscar as influências célticas ...
Eu também não sei qual é a causa; mas são as ideias que governam e dirigem os povos, e são os grandes homens quem tem as grandes ideias. E nós não temos homens; e não temos homens porque não os formamos, porque não nos importaram nunca métodos de educação.
...
Tudo se tem reformado, menos aquilo que na realidade o devia ser primeiro - o homem.
Início de todas as reformas, era a ele que devia pensar-se em reformar primeiro, por meio duma sólida e completa educação, abrangendo o seu desenvolvimento físico, a sua formação moral e a sua cultura intelectual.
...
Não há a descobrir novos mundos, nem a guerrear estranhas nacionalidades: mas há a fazer uma obra grandiosa de paz, há a formar cidadãos tão bons portugueses do séc. XX, como outros o foram do séc. XVII.
Há necessidade dos portugueses de ontem fazerem da mocidade o glorioso Portugal de amanhã - um Portugal forte, um Portugal instruído, um Portugal moralizado, um Portugal trabalhador e progressivo!"

MB

5 comentários:

Anónimo disse...

PALAVRAS LEVA-AS O VENTO.
E o autor destas foi levado pela cadeira.
MB,tiveste um ataque de saudosismo?Estamos no ano 2008, sabias?
Nunca ouviste falar em : "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, muda-se o ser, muda-se a confiança..."
Seu provocador...

Mafalda

um(a) resistente disse...

Mafalda,
provocador, sim! saudosista, não!
Não creio que tenha mudado tanta coisa!
Isto foi dito, sim, pelo Dr. Salazar, em 1908, no Liceu de Viseu, numa conferência sobre Educação. Passaram 100 anos e depois!?
MB

Anónimo disse...

e depois?!?!
pelo menos não vivemos em ditadura!como naquela altura! discurso bonito (?)censura... tortura...

Anónimo disse...

Não tenho tanta certeza!
Não me interessa se o discurso é bonito ou não. Só não acho que seja diferente dos de hoje.
Quanto a ditadura, ups ..., vivemos como uma holigarquia bicéfala, comandada em Bruxelas, pelos alemães e franceses, será assim tão diferente, olhe que não sei!
Provocador, eu sou!
MB

Anónimo disse...

Pois é MB, mas a diferença é que tu e eu podemos escrever aqui no blog as trampas que quisermos. Incluindo hinos ao Sr. Salazar ou que os gajos do actual Governo são uma grande trampa.
O Sr. Salazar e o Sr. Fidel (por exemplo) foram 2 ditadores cruéis, abjectos e criminosos, cuja visão obsoleta e deformada da vida e da História (cada um em seu tempo) provocou nos respectivos povos um atraso social medonho, ainda por cima com derramamento de sangue.
Por mim destino-lhes o Inferno!
jst